sábado, 22 de maio de 2010

Descrição das Actividades

De um modo geral, o campo de actividades pode ser utilizado para a realização de exercícios de estruturação espácio-temporal, área bastante deficitária nos alunos com Dificuldades de Aprendizagem Específicas, através da realização de actividades referentes à representação topográfica.

Exemplo:
 O Técnico pede à criança para que se desloque:
- Da secção de areia até ao degrau dez das escadas;
- Partindo do degrau dez das escadas, a criança terá de percorrer os limites das figuras geométricas com apoio rectilíneo, ou seja, a criança deve colocar um pé no prolongamento exacto do outro, estabelecendo o contacto do calcanhar de um pé com a ponta do pé contrário, realizando assim a marcha;
- Após percorrer todas as figuras geométricas deve dirigir-se para o jogo dos cálculos e efectuar o primeiro cálculo, proposto pelo Técnico (4+5);
- Deve, de seguida, decalcar a linha curvilínea utilizando para o efeito 20 passos;
- Da linha curvilínea deve dirigir-se para junto do jogo do galo, a fim de terminar o trajecto.

Secção de areia (1)

A secção de areia, é uma área, onde se prende que os alunos façam uma integração sensorial dos números e/ou formas geométricas, através do desenho dos mesmos na areia.
Esta actividade deve ser conjugada com outras nomeadamente o desenho dos números e/ou formas geométricas em plasticina ou no próprio corpo das crianças, para que elas possam sentir e integrar o que estão a desenhar.

Recta, curvilínea e figuras geométricas (2)

A recta, curvilínea e as figuras geométricas possuem texturas que ao serem decalcadas permitem que as crianças as sintam nos pés. Esta situação torna-se importante na medida em que, não é suficiente dizer a uma criança com discalculia que “isto é uma recta.” É necessário que ela sinta a recta, a linha curva ou as figuras geométricas.
A recta apresentada no campo tem a peculiaridade de ter os metros marcado isto, permite que haja ainda uma integração das medidas de distância. De certa forma está-se a materializar o conceito de metro.
Uma outra característica da recta e da curvilínea é que ambas potencializam um deslocamento de 10m contudo, devido às curvas a distancia percorrida na curvilínea é superior a 10m, isto permite trabalhar noções de maior/menor com perguntas do género “deslocamo-nos 10 m quer andando sobre a recta quem andando sobre a curvilínea mas, em qual a distância percorrida foi maior?”
No que concerne às figuras geométricas estas, além de serem decalcadas podem também ser construídas com os corpos de várias crianças basta, para isso, que os Técnicos lhes peçam para se deitarem sobre os limites a fim de formarem, por exemplo, um quadrado.

Sudoku (3)

O Sudoku é um jogo de quebra-cabeças. A sua vertente clássica consiste num quadrado de 9x9, também ele dividido em nove quadrados de 3x3. Alguns valores desses quadrados já se encontram preenchidos, o objectivo é então preencher os quadrados vazios de modo que cada linha, coluna e quadrado 3x3 contenham os números de 1 a 9.
O jogo reforça o reconhecimento visual e a formação de sequências visuais.
O jogo do Sudoku é especialmente recomendado para pessoas com discalculia pois, reforça o raciocínio lógico e ajuda os indivíduos com indivíduos discalculia a memorizarem símbolos através do jogo.
Outra finalidade do jogo é aumentar a atenção/concentração destes indivíduos uma vez que a realização do mesmo tem a durabilidade de alguns minutos.
Em suma, este jogo permite a memorização, retenção de números, contagem, pensamento lógico e sequencialização.


Jogo dos cálculos (4)

O jogo dos cálculos consiste num quadrado de 5x5, onde no primeiro quadrado do canto superior esquerdo se encontra o sinal das operações (+/ - / x / ÷).
Nas restantes quatro quadrículas da primeira linha e quatro quadrículas da primeira coluna estarão números colocados pelo professor ou técnico que esteja a trabalhar com a(s) criança(s).
As crianças têm de completar as restantes quadrícula efectuando os cálculos pedidos, isto é, colocar na segunda quadricula da segunda coluna o resultado da operação entre o número da primeira quadricula da segunda linha e o da primeira quadricula da segunda coluna, e assim sucessivamente.
Este jogo propicia o cálculo com diferentes sinais de operação e as diferenças entre eles. É ainda uma ferramenta que estimula o cálculo mental.

Jogo do galo (5)

O jogo do galo é um jogo popular cujo tabuleiro consiste numa matriz de três linhas por três colunas.
É jogado por dois jogadores sendo que cada um deles tem de escolher uma marcação, geralmente um círculo (O) ou um xis (X). Os jogadores jogam alternadamente, colocando uma marcação numa lacuna que esteja vazia.
O objectivo de cada jogador é conseguir três círculos ou três xis em linha, quer horizontal, vertical ou diagonal, e ao mesmo tempo, impedir que o adversário faça o mesmo.
Este jogo torna-se importante no âmbito da discalculia uma vez que permite a integração dos conceitos de linha e coluna bem como, propicia a concentração, sequencialização e pensamento lógico.



Tangram (6)

O Tangram é um quebra-cabeças chinês, de origem milenar. É formado por sete peças com formas geométricas resultantes da decomposição de um quadrado sendo elas: dois triângulos grandes, dois triângulos pequenos, um triângulo médio, um quadrado e um paralelogramo, como se pode verificar na imagem que se segue.
Com estas peças é possível criar e montar cerca de 1700 figuras entre animais, plantas, pessoas, figuras geométricas, entre outras.
Através do Tangram o Técnico que trabalha com a criança pode desenvolver a identificação, comparação, descrição, classificação, desenho de formas geométricas planas, visualização e representação de figuras, exploração de transformações geométricas através da decomposição e composição de figuras, compreensão das propriedades das figuras geométricas, noções de áreas e fracções.
Este trabalho permite às crianças com discalculia o desenvolvimento de habilidades como: a visualização/ diferenciação, a percepção espacial, a análise, o desenho, a relação espacial, a escrita e construção.
A filosofia do Tangram é a de que um todo é divisível em partes, as quais podem ser reorganizadas e formar um outro todo.
As regras deste jogo passam pela utilização das sete peças em qualquer montagem e as mesmas têm de ser colocadas lado a lado, não sendo permitida a sua sobreposição.


As escadas (7)

As 25 escadas presentes neste campo de jogos encontram-se numeradas de 0 a 25 e permitem que se efectuem cálculos nas mesmas, por exemplo:
• Pede-se ao aluno que se coloque na escada número sete;
• Depois deste se encontrar na respectiva escada pede-se para somar ao número 7 o número 2;
• O aluno deve deslocar-se para a escada que representa o resultado da operação.
Este tipo de jogos permite que as crianças com discalculia materializem os números bem como as operações de soma e subtracção.

Apresentação do campo de jogos





Cacteristicas Físicas do Campo:

 Globalmente, o campo tem a forma de um rectângulo de 16x9 m, encontra-se delimitado de todos os lados e o seu pavimento será construído com materiais que lhe conferem características de amortecimento de quedas, especialmente nas regiões de passagem;
 O campo possui ainda pontos de água para uso dos alunos e respectivos Técnicos;
 A secção de areia tem uma área de 7,5m2 e também ela se encontra delimitada por uma estrutura de 10cm de altura;
 A recta e curvilínea permitem um deslocamento de 10m e possuem uma textura que permite a sua percepção táctil aquando do decalque. Estas estruturas possuem ainda uma elevação em relação ao solo de cerca de 1cm; A recta possui ainda o número de metros marcado em toda a sua extensão.
 Os contornos das figuras geométricas têm as mesmas características físicas da recta e curvilínea, isto é, uma elevação de cerca de 1cm em relação ao solo e uma textura perceptível aquando do decalque;
 O Sudoku apresenta-se apenas representado nos seus limites contudo, o piso onde este está impresso possui propriedades que permitem a escrita e remoção fácil da mesma através de lavagem, o mesmo acontece com o Jogo do galo e o Jogo dos cálculos;
 O Tangram é uma estrutura amovível cujas peças são contraídas em PVC;
 As 25 escadas que compõem este campo, possuem uma elevação de 5cm entre si e os degraus possuem 32 cm de largura encontrando-se numerados.

Campo de Jogos

O Campo de jogos é dirigido às as escolas e agrupamentos de escolas que trabalhem com crianças em idades escolar (1º ciclo) que beneficiarão de uma proposta de implementação de um campo de actividades.
Por outro lado, também se constitui como população alvo as crianças em idade escolar, com ou sem discalculia, isto porque, as actividades podem ser utilizadas como meio de introdução à aprendizagem da Matemática ou como uma estratégia terapêutica para compensar dificuldades de aprendizagem a esse nível. São ainda incluídos na neste projecto, os pais, professores, ou demais técnicos que trabalham com as crianças, uma vez que as actividades propostas necessitam de aplicação por parte destes e lhes servem de ferramentas para maximizarem as potencialidades dos seus filhos/alunos/utentes.
Os principais objectivos do mesmo são:
 Proporcionar um conjunto de actividades realizáveis no campo, bem como os objectivos das mesmas;
 Proporcionar junto das crianças uma melhoria das suas capacidades como:
o Melhoria na memorização de figuras geométricas;
o Maior conhecimento dos números e das operações matemáticas;
o Maior conhecimento das medidas de capacidade;
o Melhoria da orientação espacial;
o Melhoria na velocidade de processamento de informação;
o Maior interiorização conceptual dos números e das operações matemáticas.

Discalculia

As crianças demonstram ter um défice ao nível da matemática quando o seu desempenho nos testes padronizados de cálculo ou nas tarefas de raciocínio numérico é significativamente reduzido, dada a sua idade, escolaridade e capacidade de raciocínio intelectual. Quando esta perda da capacidade de cálculo é devido a trauma cerebral, a condição é chamada de acalculia. Por sua vez, quando nos referimos a dificuldades de aprendizagem da matemática sem evidência de trauma cerebral designamos de discalculia.
Os alunos com discalculia têm dificuldade recordar números e completar os cálculos numéricos. Eles também mostram dificuldades relacionadas com capacidade de processamento numérico, reconhecimento de símbolos e na resolução de problemas. Podem ainda ter uma baixa auto-eficácia e dificuldades de atenção selectiva.
De uma forma esquemática podemos afirmar que o0s alunos com discalculia são incapazes de:
 Ver um padrão como uma unidade, dividi-lo nas diferentes partes e voltar a juntá-lo;
 Compreender a noção de quantidade, o que a impede de compreender que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas;
 Compreender os sinais de soma, subtracção, divisão e multiplicação (+, –, ÷ e x);
 Sequenciar números, como, por exemplo, o que vem antes do 11 e depois do 15 (antecessor e sucessor);
 Classificar números;
 Esquematizar operações;
 Entender os princípios de medida e capacidade;
 Recordar a sequência dos passos para concretizar as operações matemáticas;
 Estabelecer correspondências de um para um, ou seja, não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de mesas;
 Contar através de números cardinais e ordinais;
 Compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em símbolos matemáticos;
 Reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos;
 Copiar números.
É ainda importante destacar que os processos cognitivos envolvidos na discalculia são: dificuldades na memória de trabalho; ausência de problemas fonológicos; dificuldades na memória de trabalho que implica contagem; dificuldades nas habilidades visuo-espaciais e dificuldades nas habilidades psicomotoras e perceptivo-tácteis.
No que se refere aos tipos de discalculia podemos considerar a existência de seis:
 Discalculia verbal: dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações;
 Discalculia practognóstica: dificuldade em enumerar, comparar e manipular objectos reais ou imagens, matematicamente;
 Discalculia léxica: dificuldades na leitura de símbolos matemáticos;
 Discalculia gráfica: dificuldades na escrita de símbolos matemáticos;
 Discalculia idiognóstica: dificuldades em realizar operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos;
 Discalculia operacional: dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.

As dificuldades na área da matemática são facilmente indiscerníveis nos primeiros anos pois, as crianças aprendem as regras apropriadas para somar e subtrair e conseguem utilizá-las quando lhes são apresentadas de uma forma directa ou seja, são mecanicamente aprendidas. Contudo, se essas operações lhe são apresentadas de um modo diferente, a dificuldade de compreensão torna-se imediatamente visível, assim como, nas tarefas de agrupar e reagrupar números, recordar qual número que antecede e/ou sucede outro.
É ainda visível junto destas crianças dificuldades em seguir sequências de ordens, problemas de praxia fina (pintar, desenhar) e problemas de praxia global (falta de habilidade para jogos desportivos, desajeitados, descoordenados). Além disso, verifica-se uma relutância na execução de actividades a resistência que exijam a leitura e a escrita.
O aluno com discalculia manifesta um sentimento fortíssimo de baixa auto-estima pelo facto de se sentir inferiorizado em relação ao resto da turma (Silva, 2008).
Tendo em consideração as dificuldades anteriormente apresentadas os professores ou profissionais a trabalhar com estas crianças podem adoptar uma serie de estratégias, nomeadamente:
 Permitir o uso da calculadora e de uma tabela com a tabuada;
 Elaborar os testes com questões claras e directas, reduzindo ao mínimo o número de questões e sem limite de tempo;
 Incentivar a visualização do problema, através de desenhos;
 Prestar a atenção ao processo que a criança utiliza na resolução dos exercícios.
O professor ou técnico deve ainda evitar atitudes ou palavras que dêem destaque às dificuldades do aluno, para não os diferenciar dos restantes elementos da turma e evitar correcções frequentes à frente dos colegas, pois essa linha de conduta acaba por o expor a situações desagradáveis, embora não deva ser ignorado.
A fim de ultrapassar ou minimizar os problemas dos alunos os professores e técnicos podem e devem recorrer ao lúdico isto porque, os jogos e as brincadeiras são vistas como mecanismos psicológicos e pedagógicos que contribuem quer para o desenvolvimento mental quer para a aprendizagem da linguagem. Os jogos, portanto, são actividades que devem ser valorizadas desde o nascimento, pois é através deles que a criança aprende a movimentar-se, falar e a desenvolver estratégias de resolução de problemas.
Através da combinação entre os jogos e a matemática, o professor pode criar situações na sala de aula que levem os alunos à compreensão e à familiarização com a linguagem matemática, estabelecendo ligações cognitivas entre a língua materna, conceitos da vida real e a linguagem matemática formal.
Outro aspecto importante é a utilização de “situações-problema” para desenvolver o raciocínio, a interpretação de informação e a estratégia para as resolver.

Categorias das DA

Até à data foram identificadas seis categorias de DA, nomeadamente: a auditivo-linguistica; a visuo-espacial; a motora; a organizacional; a académica e a sócio-emocional.

Auditivo-linguística:

A categoria auditivo-linguística diz respeito a um problema de percepção que, normalmente, leva o aluno a ter dificuldade na execução ou compreensão das instruções que lhe são fornecidas. Não se trata de um problema de acuidade auditiva, pois este consegue ouvir bem mas sim, de compreensão/ percepção daquilo que é ouvido.

Visuo-espacial:

Esta categoria envolve características como a inabilidade para compreender a cor, para diferenciar estímulos principais de estímulos secundários (problemas de figura-fundo), e para visualizar orientações no espaço. Posto isto, aqueles alunos que apresentam problemas nas relações espaciais e direccionais têm, frequentemente, dificuldades na leitura das letras /d/ e /b/ (reversões).

Motora:

O aluno que apresenta DA ligadas a esta categoria (Motora) tem problemas de coordenação global ou fina, ou mesmo, de ambas, visíveis em diferentes contextos, nomeadamente em casa, na escola. Esta descoordenação, pode originar problemas na escrita, uso de teclado ou rato de um computador, entre outros.

Organizacional:

Delicies nesta categoria levam o aluno a experimentar dificuldades quanto à localização do princípio, meio e fim de uma determinada tarefa. O aluno manifesta ainda dificuldades em resumir e organizar informação, o que o impede, normalmente, de fazer os trabalhos de casa, apresentações orais, entre outras tarefas escolares.

Académica:

A presente categoria é das mais frequentes no seio das DA. Os alunos tanto podem apresentar problemas relacionados com a matemática, como serem dotados nesta mesma área e possuírem problemas severos na área da leitura ou da escrita, ou em ambas.

Sócio-emocional:

O cumprimento de regras sociais (esperar pela sua vez), a interpretação de expressões faciais, são exemplos de problemas dos alunos com problemas nesta área. Estas limitações fazem com que estes alunos sejam incapazes de desempenhar tarefas consentâneas com a sua idade cronológica e mental.

Dificuldades de Aprendizagem

Dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogéneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso das capacidades de escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas. Estas desordens, presumivelmente devidas a uma disfunção do sistema nervoso central, são intrínsecas ao indivíduo e podem ocorrer durante toda a sua vida. Problemas nos comportamentos auto-reguladores, na percepção social e nas interacções sociais podem coexistir com as DA, mas não constituem por si só uma dificuldade de aprendizagem. Embora as dificuldades de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras condições de incapacidade (por exemplo, privação sensorial, deficiência mental, perturbação emocional grave) ou com influências extrínsecas (tal como diferenças culturais, ensino inadequado ou insuficiente), elas não são devidas a tais condições ou influências.
Contudo, como nao existe uma definição que receba consenso de grande parte dos profissionais da área, podemos afirmar que um aluno não terá dificuldades de aprendizagem quando os seus problemas de aprendizagem são devidos principalmente a uma privação sensorial, a deficiência mental, a perturbações emocionais, a factores ambientais ou a diferenças culturais e que as DA tanto afectam crianças, como jovens ou adultos.

Psicomotricidade

A psicomotricidade é o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistémicas entre o psiquismo e a motricidade, baseando-se numa visão holística do ser humano, encara de forma integrada as funções cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras.
Tendo por base a definição de psicomotricidade apresentada anteriormente,são objectivos desta ciência: o estudo da relação entre o pensamento e a acção, envolvendo a emoção, configurando-se como uma técnica, e cuja aplicação se dá pela educação, reeducação e terapia psicomotora; compensar uma problemática situada na convergência do psiquismo e do somático, intervindo sobre as múltiplas impressões e expressões do corpo e atribuindo significação simbólica ao corpo em acção e promover a regulação e harmonização tónica centrada sobre a maneira de estar no seu corpo (atitude/postura, esquema corporal, descontracção neuro-muscular).
Os objectivos delineadores mais específicos relacionam-se com: possibilitar a vivência da relação tónico-emocional com o psicomotricista através do corpo e do agir; ampliar a capacidade de comunicação; promover a auto-estima e facilitar a socialização; estimular a percepção corporal; facilitar a aceitação de limites e aumentar a tolerância à frustração.
Posto isto, podemos concluir que a Psicomotricidade tem como principal finalidade actuar para educar e reeducar o indivíduo que apresenta distúrbios manifestados através de perturbações psicomotoras, debilidades motoras, atrasos psicomotores, instabilidade e inibição psicomotora.